Lula também defendeu a criação de um instrumento de controle do sistema financeiro para evitar a especulação, que levou à crise de 2008.
Dilma faz estreia entre as maiores potências mundiais
Presidenta eleita vai participar do encontro das 20 maiores economias do mundo e terá agenda ao lado de Lula, com foco na chamada guerra cambial
A reunião deve ser marcada pelas discussões sobre a “guerra cambial”. Para Lula, é preciso “dinamizar” a economia, principalmente nos mercados internos do Estados Unidos e da Europa. Lula comentou que a desvalorização das moedas chinesa e americana tem causado uma guerra cambial e que o G20 precisa encontrar uma solução de equilíbrio. “Queremos discutir o compromisso de todos os países com a política cambial, que deixe todo mundo em igualdade de condições na disputa comercial”. Lula também defendeu a criação de um instrumento de controle do sistema financeiro para evitar a especulação, que levou à crise de 2008.
Dilma embarca na noite de hoje em um avião comercial. Ela leva consigo alguns assessores e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A comitiva chega à Coreia do Sul por volta do meio-dia da próxima quarta-feira (10). No país, Dilma e Lula terão agenda conjunta. O primeiro compromisso será na noite da quinta-feira, um jantar oferecido pelo presidente sul-coreano, Lee Myung Bak.
A cúpula do G20 começa às 9h de sexta (12) com uma reunião que retoma o tema debatido do jantar. Conforme a programação, entre os temas a serem abordados na cúpula estão a reforma das instituições financeiras internacionais, desenvolvimento sustentável, corrupção e reforma do sistema financeiro. Lula e Dilma retornam ao Brasil no avião presidencial às 17h da sexta-feira (12).
Guerra cambial na pauta
Diante da crise financeira internacional, que ainda atinge fortemente os Estados Unidos, o governo estadunidense tomou medidas para injetar recursos na economia local, o que provocou a queda do dólar. Com isso, vários países tomaram medidas unilaterais para conter a desvalorização da moeda, já que ela prejudica as exportações. O Brasil, por exemplo, aumentou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicação estrangeira em renda fixa. O presidente Lula já anunciou que vai “brigar” no G20 pelo equilíbrio do câmbio. ”O que achamos é que os Estados Unidos e a China estão fazendo uma guerra cambial. Vou para o G20 para brigar. Vamos tomar todas as medidas necessárias para conter a desvalorização do dólar”, disse Lula. Especialistas duvidam que a iniciativa na reunião consiga algum efeito concreto.
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