Brasil pressionará por maior regulação financeira no G20, diz Mantega
da Reuters
O Brasil vai por uma regulação financeira mais rígida na reunião de cúpula do G20 nesta semana. O país vai propor "testes de estresse" anuais para os bancos e a ampliação das regras de Basileia para os mercados de derivativos, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quarta-feira.
Mantega disse que a falta de regulação nos mercados financeiros foi a raiz da crise econômica global, e que há amplo consenso entre os membros do Grupo dos 20 sobre a necessidade de regras mais duras para o setor bancário.
"Temos de consolidar a regulação financeira para trazer mais confiança aos mercados e impedir futuras crises", disse o ministro, após apresentação a investidores organizada pela Câmara Brasileira-Americana de Comércio.
Na véspera do encontro de dois dias do G20, em Pittsburgh, Mantega declarou que o Brasil apoia as propostas atuais entre os membros do G20 de novas regras para os bônus dos banqueiros e maior transparência no setor bancário.
"Acredito que podemos ir além do que foi proposto", acrescentou, mencionando um plano que pode exigir que os bancos se submetam a testes de estresse anuais, os mesmos que foram realizados por alguns países neste ano, para determinar se as instituições precisam de injeções extras de capital.
O Brasil também vai sugerir que os líderes do G20 --que engloba os principais países ricos e em desenvolvimento do mundo-- se reúna todos os anos para consolidar o grupo como principal fórum global para questões econômicas.
O ministro acrescentou que isso não significa o fim do G7, grupo das sete principais economias industrializadas.
O G20 foi formado após a crise financeira asiática da década de 1990 para dar aos principais países industrializados, como Estados Unidos e Alemanha, um fórum para dialogar com um mundo mais amplo. A primeira cúpula do G20 ocorreu em novembro passado, pouco depois de o colapso do Lehman Brothers deflagrar a crise financeira global.
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